A Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte – maior complexo de saúde de Minas Gerais e considerado o segundo maior hospital do Brasil, em número de internações – irá receber o valor de R$ 1 milhão para a compra de equipamentos com tecnologia de ponta para equipar o setor de oftalmologia pediátrica. Com isso, haverá redução do tempo de realização do diagnóstico e do tratamento do paciente, diminuição da fila de cirurgia e melhor prognóstico de manutenção da acuidade visual das crianças em acompanhamento.

Os equipamentos são ultrassom portátil, lâmpada de fenda portátil e instrumentos para medição de acuidade visual. São dispositivos de alta tecnologia e específicos para doenças e situações muitos próprias, que exigem, por exemplo, sedação para a sua realização ou necessitam de parâmetros que se baseiam em tabelas extremamente precisas.

Além do custeio para a compra desses equipamentos necessários para cirurgias, a verba de mandato do vereador Sérgio Fernando vai possibilitar aumentar a atual ocupação do bloco cirúrgico de 60% para 80%, e a diminuição da fila de espera em seis meses. Esse tempo é crucial entre a erradicação ou a continuidade da deficiência visual da criança.

Outro benefício que a Santa Casa está considerando, é que a verba vai proporcionar um ano inteiro de todas as consultas da oftalmologia pediátrica, ou seja, mais de 3 mil atendimentos a crianças, reduzindo o déficit financeiro que a instituição vivencia, devido ao sub financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Verba servirá para determinar uma melhor linha de cuidados especiais das crianças com problema de visão

“Os equipamentos que listamos para serem adquiridos com o recurso destinado pelo vereador é exatamente para conseguirmos realizar o cuidado integral da criança”, declarou a gerente do setor oftalmológico pediátrico, Camilla Morais. Segundo ela, o atendimento vai desde o primeiro momento de descobrir o problema visual da criança – catarata congênita, estrabismo, glaucoma ou outro diagnóstico – depois vai determinar para qual departamento ela deve ser  encaminhada. Desta forma, o pequeno paciente trilha a linha do cuidado, para que receba a melhor assistência para recuperação da sua visão.

“A verba que nós destinamos será para a estruturação de todo esse projeto, não só pra conseguir antecipar as consultas, com mão de obra, mas também em equipamentos que vão, inclusive, compor o patrimônio da Santa Casa”, explicou o vereador. De acordo com ele, as verbas de mandato definidas em um período – neste caso, em 2023 – têm que ser empenhadas ainda em 2024, até o final do ano.

A verba de mandato, empenhada pelo vereador Sérgio Fernando para a Santa Casa, vai permitir a compra de equipamentos para acelerar os atendimentos às crianças

Para ele é extremamente importante essa relação – Poder legislativo e Santa Casa. “Eu costumo dizer que nós, muitas vezes, temos a oportunidade do contato muito próximo com as pessoas, com a sociedade. As pessoas procuram o agente político, levando as suas necessidades e isso permite que a gente contribua para prestar um serviço que é essencial, como a saúde. No caso da Santa Casa, a saúde oftalmológica para as crianças é mais importante ainda, pois é a definição entre resolver o problema ou levá-lo para a vida toda”, declarou.

Vereador Sérgio Fernando visita a Santa Casa de Beagá e conhece o bloco cirúrgico oftalmo infantil

Nessa mesma visita, realizada no dia 8 de abril de 2024, o vereador conheceu, de perto, os atendimentos às crianças com baixa visão. Ele foi recebido pela gerente de Ambulatórios Especializados em Nefrologia e Oftalmologia, Camilla Morais e pela coordenadora assistencial dos Serviços Oftalmológicos, Michelle almeida Amaral Carneiro. A visita incluiu a passagem pelo consultório de estrabismo, onde ocorrem consultas às segundas-feiras. Lá estava uma mãe e um menino de cinco anos, em atendimento. Liderados pelo médico oftalmologista especialista em estrabismo, Dr. Rinaldo Borges de Almeida, um grupo de médicos residentes assistiam a criança, distraindo-a com brincadeiras e presentes.

Na Santa Casa, o vereador visitou o consultório de atendimento ao estrabismo infantil, conduzido pelo Dr. Rinaldo Borges de Almeida

De acordo com a gerente da nefrologia e oftalmologia, Camilla Morais, há casos de estrabismo em que a necessidade é cirúrgica, e outros que podem ser corrigidos com a prescrição de óculos e acompanhamento da criança. Uma menina que aguardava atendimento, Isabela, é exemplo de como o estrabismo regrediu com o uso de óculos, passando a lente de dez para oito graus em apenas um ano. “O tratamento é muito importante para a vida da criança, pois as chances de um desenvolvimento escolar mais produtivo aumentam muito mais. Se a visão é primordial para adultos, muito mais é para uma criança“, que precisa resolver o distúrbio nos primeiros anos de vida”, salienta a gerente.

O caso da pequena Isabela é exemplo de tratamento que trouxe resultado rápido e efetivo

A ida do vereador para conhecer a oftalmologia infantil da Santa Casa incluiu a entrada ao bloco cirúrgico, devidamente paramentado dentro do protocolo de segurança do hospital e acompanhado pela coordenadora administrativa de serviços oftalmológicos, Marina Batista dos Santos. Sérgio Fernando ficou encantado com tudo o que viu e aprendeu.

“Nós sabemos que a Santa Casa é referência em todo o estado de Minas Gerais, que a instituição vem fazendo um trabalho muito sério, muito competente no sentido de atender a saúde em vários segmentos. Fica aqui o nosso reconhecimento pela excelência da prestação de serviços da Santa Casa”, ressalta o vereador.

Tratamento oftalmológico na Santa Casa, o maior pronto atendimento de Minas Gerais

A oftalmologia infantil faz parte do ambulatório especializado de oftalmologia da Santa Casa, que realiza consultas eletivas de pronto atendimento, exames, cirurgias, disponibiliza colírio para tratamento de glaucoma e acompanhamento ambulatorial. De relevância indiscutível para Belo Horizonte, este é o maior pronto atendimento oftalmológico do estado, com atendimento aproximado de 300 mil pessoas em 2022, entre consultas, cirurgias e exames e mais de 120 colírios entregues, gratuitamente, para pacientes de glaucoma nesse mesmo ano.

No entanto, os números expressivos não escondem a dura realidade das famílias com crianças com perda visual. Segundo informações da Santa Casa, 90% dos casos de cegueira infantil ocorrem por câncer intraocular, catarata e glaucoma congênitos, retinopatia da prematuridade, retinoblastoma e distrofia hereditária da retina. Como referência em UTI neonatal, a Santa Casa oferece interferências médicas ainda muito cedo, logo que o bebê nasce. Essa é uma grande vantagem no tratamento, já que o diagnóstico da saúde dos olhos das crianças é urgente, sob o risco de perder ou de ter baixa visão por toda a vida.

E é na falta de equipamentos e instrumentos que se encontra o grande risco para a oftalmologia infantil. É para este segmento que está sendo destinada a verba requisitada à Prefeitura de Belo Horizonte pelo vereador Sérgio Fernando.